O impacto da tecnologia no setor público
Tecnologia, digital, softwares, nuvem entre outros são termos cada vez mais presentes no nosso dia a dia e consequentemente em nossas experiências no mundo organizacional. Hoje o Instituto Publix separa algumas reflexões e orientações baseadas no mapeamento do tema “tecnologia e setor público”, desde desafios e impactos até implementações no Brasil. Vamos juntos?
Até pouco tempo, pensar em não ter que sair de casa para resolver disfunções burocráticas do governo não fazia parte da realidade dos cidadãos. Atualmente tal realidade se modifica cada vez mais – talvez não na mesma cadência que os avanços tecnológicos – a fim de se enquadrar nas possibilidades de produtos e serviços digitais, ganhando-se tempo, praticidade e segurança tanto para os beneficiários como para as próprias organizações públicas.
Hoje já é possível imaginar a resolução de problemas na prefeitura, por exemplo, através de aplicativos e ainda receber feedbacks sobre o andamento de seus pedidos. Não enfrentar filas, formulários e o próprio transtorno do deslocamento até a unidade responsável. Essa já é a realidade em alguns países que tem usado a tecnologia no setor público e provado o impacto positivo que ela traz.
Setor Público x Transformação Digital
O Brasil apresenta um longo caminho na jornada da transformação digital, isso porque iniciou em tal jornada em 2016, enquanto países que lideram o ranking iniciaram em 2001. Nossa vantagem porém é que três a cada quatro brasileiros estão conectados à internet, ou seja, os principais desafios para a transformação digital em nosso governo não é a tecnologia, que já se mostra suficiente e presente, e sim institucional.
Embora as métricas ainda sejam baixas para a realidade tecnológica que já vivemos há anos, ela revela que o processo de transformação digital tem chegado e sido abraçado em todas as esferas públicas, seja nível municipal, estadual ou federal. Um bom exemplo do que se tem avançado é o decreto 10.332 de 28 de abril de 2020 que institui a Estratégia de Governo Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências.
Qual a responsabilidade do uso da tecnologia?
Os avanços promovidos pela tecnologia devem ser, antes de mais nada, responsáveis por melhorias, otimizações e reduções de custos que gerem ao final de tudo, uma entrega não somente mais sofisticada a população e sim mais acessível e funcional. De todo modo é inegável que desafios surjam em um processo que envolve não somente trocas de ferramentas mas sim mudanças estruturais nos órgãos de gestão pública.
Vantagens de uma nova estruturação
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Com um uso assertivo da tecnologia, torna-se possível validar dados para tomadas de decisões e geração de resultados mais eficientes na gestão de organização públicas.
Vamos à alguns exemplos:
Através de aplicativos, denúncias de estacionamentos ilegais na cidade de Curitiba chegaram até a prefeitura. Com isso, a Secretaria Municipal de Trânsito (SETRAN) fiscalizou os locais apontados pela própria população e atuou em flagrante os vários veículos estacionados irregularmente. Da mesma maneira, através de redes sociais, verifica-se a atuação de moradores denunciando irregularidades em seus bairros e regiões próximas.
Os temas vão desde falta de iluminação, problemas em vias públicas e depredação de patrimônio público. Por exemplo, através do aplicativo da Neoenergia, responsável pelo fornecimento de energia para alguns estados do Brasil, é possível notificar a falta de luz na localidade e assim a empresa tome as atitudes cabíveis para restabelecimento do serviço.
Seis motivos para investir em tecnologia no setor público
Mapeando de forma básica, podemos elencar alguns principais pontos onde a tecnologia desempenha um papel primordial, são eles: automação de processos, uso eficiente de dados, mais transparência, melhor controle dos processos, aperfeiçoamento de serviços e redução de custos.
Direções do tema no setor
Como citado no início do texto, o Brasil teve uma aderência tardia às implementações tecnológicas (quando comparado à outros países), ainda assim, evidenciam o avanço dessa aderência. O sistema público tem se posicionado através de conceitos, marketing e ferramentas digitais com o intuito de se aproximar de seu público-alvo (sociedade) e consequentemente aderir à seus hábitos, costumes e maneiras de se relacionar. Veja a seguir o relato de Luiz Felipe Monteiro em seu artigo sobre a transformação digital no setor público brasileiro.
“A transformação digital é tema central e estratégico para o desenvolvimento das nações e tem ocupado posição de destaque nas agendas governamentais e de organismos internacionais. Atualmente, o Brasil é a 4 ª maior população conectada do mundo e está na 44 ª posição no ranking de governos digitais, segundo a ONU.” (Luiz Felipe Monteiro – Desafios para a transformação digital no setor público brasileiro)
O que podemos concluir?
Estreitar relacionamento, otimizar demandas de maneira mais eficiente, transparência, entre outros, são direções que o setor público almeja alcançar através da digitalização de seus processos e órgãos. Nos últimos anos a movimentação do governo se direciona a implementar leis de incentivo à inovação tecnológica a fim de viabilizar as mudanças necessárias na área. Esse investimento em tecnologia não deve ser paliativo ou apenas pontual e sim parte de toda estruturação sistemática do país.
