Pobreza, desigualdade e o potencial das escolas públicas

Pobreza, desigualdade e o potencial das escolas públicas

Uma educação para todos é a chave para o desenvolvimento de um país

Artigo escrito por Denis Mizne, diretor da Fundação Lemann

Publicado originalmente em Financial Times

O recurso mais valioso do Brasil é tão precioso quanto abundante: gente. Quase 4 milhões de bebês nascem no Brasil a cada ano, trazendo com eles a esperança de um futuro melhor. No entanto, se a educação pública do país continuar como é hoje, somente metade deles saberão ler antes dos 8 ou 9 anos e, quando chegarem aos 21, apenas 15% vão estar na universidade.

Se não investirmos nos jovens brasileiros agora, daremos continuidade a um lamentável ciclo de pobreza que impede o progresso e o desenvolvimento de todo o país.

Embora muitos avanços tenham sido feitos para trazer crianças e jovens às escolas, os índices de evasão ainda são altos. A maioria dos estudantes brasileiros que chegam a se formar simplesmente não aprendem o suficiente para garantir oportunidades de sucesso na vida adulta.

Isso acontece em parte porque os professores, mesmo com boa formação teórica, possuem poucos meses de experiência prática antes de efetivamente assumirem uma sala de aula. Durante a universidade, eles deveriam ter as mesmas oportunidades de praticar que são dadas aos futuros médicos. Assim como ninguém confiaria em um médico que tenha apenas lido alguns livros sobre medicina e não tenha trabalhado com pacientes reais, professores sem experiência na docência não deveriam assumir aulas.

(…) Veja a matéria na íntegra no site da Fundação Lemann